A descoberta indica a presença índigena no local a centenas de anos. |
Por Agnaldo Santos
Uma descoberta arqueológica foi registrada na manhã desta terça-feira 1° na Aldeia Água Vermelha na tribo Catarina Paraguaçu nos domínios dos povos Indígenas Pataxós Hã-Hã Hãe a 22 Km do centro de Pau Brasil.
No inicio de Janeiro passado, índios da localidade começaram arar a terra para o plantio do feijão, mandioca e abóbora quando se depararam com duas urnas funerárias dos seus antepassados.
O achado atraiu a imprensa baiana, estudantes, professores, arqueólogos e paleontólogos para a região e dezenas de pessoas para a localidade.
O material encontrado traz vestígios de antigas civilizações do povo indígena que viveu centenas de anos na localidade onde as urnas foram encontradas.
No local também os arqueólogos encontraram vestígios cerâmicos, cacos cerâmicos e fragmentos ósseos.
Estiveram presentes nas escavações a professora e antropóloga Maria do Rosário da Universidade Federal da Bahia (UFBA), O CIMI de Itabuna, o antropólogo Luidi Fernandes, e o arqueólogo Carlos Etchevarne que comandou todo o processo de escavações.
Ele disse á nossa reportagem que o material encontrado está um pouco deteriorado e decomposto, porém com grande conjunto de composto de fragmentos cerâmicos.
Os ossos escavados estavam dentro de potes, porém bastantes fragmentados, mas ainda em bom estado de conservação.
Ele disse que o processo de analise será um pouco demorado e será feito no laboratório de arqueologia, da faculdade de filosofia da UFBA onde será observado se na época que o cadáver sepultado continha algum acompanhamento funerário.
Ele destacou que pelas características dos fosseis escavados e pela estatura dos restos mortais encontrados, tratava-se de uma criança da faxetária entre sete ou oito anos de idade, quando morreu.
E adiantou que agora resta saber em que condições estas pessoas foram mortas.
De acordo com o cacique Gerson Pataxó , um dos lideres da etnia, a demarcação das terras na região de Pau Brasil, teve início em 1926, a segunda em 1936 e uma terceira em 1938 onde foram demarcados 54.100 hectares exclusivamente para os pataxós.
De seus ancestrais, depositadas em urnas funerárias a centenas de anos.
O cacique disse ter certeza que esta terra pertence ao seu povo e pode provar isso com documentação histórica que existe e que vive em poder dos pataxós.
Pelas características do local onde os arqueólogos encontraram as urnas funerárias, ali pode ter sido um cemitério indígena.
Sem comentários:
Enviar um comentário