quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O TRABALHO PERIGOSO DA POLICIA

EUNÁPOLIS – A fuga de 13 presos da cadeia de Eunápolis mobilizou, no dia de ontem, todo o aparato policial da cidade.
15 dos 83 detentos escaparam por um buraco escavado na parede de uma das celas, por volta das 5h da manhã. Dois deles foram pegos ainda no pátio da cadeia. Até por volta das 20h40, sete já tinham sido recapturados e um morto.
A busca foi intensificada na Região da Roça do Povo, às margens da BR-101, onde, segundo testemunhas, eles estavam escondidos. Mais de 30 policiais militares e civis se embrenharam na mata, em busca dos fugitivos. Um grupo chegou a ser visto em um pasto. A polícia disparou tiros, mas eles escaparam.
Dois dos quatro fugitivos que foram pegos pela PM na Zona Rural de Eunápolis
As duas primeiras prisões - realizadas pela PM -, aconteceram no começo da tarde, na Roça do Povo, uma comunidade agrícola que fica a cerca de 10 quilômetros do centro da cidade. 
Valter Matos Costa, 23 anos, e Alessandro dos Santos Vieira, 22, que respondem assalto à mão armada e tentativa de homicídio, estavam deitados dentro de um matagal.
A caçada aos demais criminosos continuou em uma fazenda de café que fica do outro lado da rodovia federal. Trabalhadores informaram que três tinham entrado em uma plantação de café. O trabalho da Polícia Militar foi intenso.
Gilvan foi o último a ser detido pela PM; Leandro, que segundo a polícia fez um refém, acabou morrendo
Os militares passaram por debaixo de cerca de arame farpado e enfrentaram toda a adversidade, mas o resultado foi positivo. Outros dois foram presos: José Neto Pereira da Silva e Rogério Pereira de Oliveira Souza.
No fim da tarde, também na Zona Rural, agentes da Polícia Civil prenderam Genival Santos Pereira. Na mesma ação, Leandro Dias Silva, foi morto. Segundo os policiais, ele tentava fugir mantendo um motociclista de refém e resistiu à prisão.
Por volta 20h30, ainda na Roça do Povo, a Polícia Militar pegou o sexto fugitivo, Gilvan Santos da Silva. No mesmo horário, policiais civis prenderam, na Colônia, Rildo Lima Souza.
PAGODE ABAFOU ESCAVAÇÃO - José Neto, que estava preso por suspeita de assalto à mão armada e roubo de veículos, afirmou que os presos passaram pelo buraco, que era muito estreito, de barriga para baixo.
Ele afirmou ainda que o buraco começou a ser cavado há 10 dias e que para os agentes não ouvirem o barulho, um aparelho de som, tocando pagode, era deixado ligado com o volume alto.
Os que foram detidos ainda no pátio são Valdinei dos Santos Silva e Marivaldo Souza da Silva. 


O delegado Evy Paternostro, coordenador da 23ª Coorpin, afirmou que não ocorria fuga desde 2008. Ainda de acordo com ele, a parede onde foi aberto o buraco era muito resistente. 
No meio da tarde, os presos que não conseguiram fugir deram início ao uma rebelião, logo controlada pela polícia civil. As buscas aos outros continuam.


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